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Processo criativo: como desenvolvê-lo e usá-lo para melhorar a criação de conteúdos no marketing digital da sua empresa

Publicado em: 19.04.2022

Num mundo em que já foi feito (quase) tudo, tentamos cada vez mais que a nossa marca se destaque nas redes sociais pela sua originalidade, para que desta forma seja possível chegarmos a mais utilizadores, atingirmos mais likes, reach e interações. 

Mas como é que uma marca ou empresa consegue ser original o suficiente para se destacar no mercado digital? O marketing digital tem uma resposta para esta pergunta, seja para campanhas, estratégias de comunicação ou apenas um post nas redes sociais. E ela é: CRIATIVIDADE. Com ela do nosso lado temos um leque infinito de possibilidades. Não é garantido que não se falhe, mas boas ideias não irão faltar!

Mas então por onde é que começamos? A criatividade surge em cada um de nós de formas diferentes e temos todos maneiras díspares de a procurar e encontrar. Mas a inspiração não surge apenas porque precisamos, é necessário iniciar um processo criativo, e com ele estruturar linhas de pensamentos e chegar a boas ideias. 

O processo criativo é composto por 4 fases. A primeira é a fase da preparação – nesta fase fazemos quase um briefing do que estamos à procura, para quem é que estamos a comunicar, o que é que queremos dizer, quais as ferramentas e budget à nossa disposição e qual o objetivo ou objetivos finais. Só assim conseguimos ter uma linha condutora para o nosso trabalho. Nesta fase é importante pesquisar sobre o tema ou temas, fazer benchmarketing e perceber quais as tendências do momento. 

A segunda fase é a fase da incubação, uma fase que passa quase despercebida mas é, talvez, a mais importante. Aqui deixamo-nos ir. As pesquisas e todo o trabalho da fase um vão marinar nas nossas cabeças, cruzando dados sem que nos apercebamos. É importante dar descanso ao cérebro e deixar de pensar em ter ideias, deixar a mente assimilar todos os factos vai fazer com que as ideias surjam naturalmente. 

O que nos leva à terceira fase, a da(s) ideia(s)! O trabalho inconsciente do cérebro deu frutos e surgem agora várias imagens daquilo que vai ser a base para se chegar a uma ideia concreta. Estamos agora muito mais inspirados, encontramos e resolvemos problemas e chegamos a várias soluções. 

A quarta fase do processo criativo é a implementação. Ter boas ideias é sempre estimulante e animador, mas nem todas as boas ideias são realmente possíveis de executar. Esta é a fase mais racional do processo. É aqui que tomamos decisões ponderadas, de acordo com os nossos objetivos e com o que temos à nossa disponibilidade, pensando sempre nos resultados e na sua exequibilidade.

Agora que já conhece as fases do processo criativo, queremos dar-lhe a conhecer as ferramentas que pode usar para chegar a estas tais ideias da forma que melhor se adequa a si.

 

Mapas mentais

Esta ferramenta ajuda-nos a organizar conceitos e ideias. Pessoas que têm uma memória mais visual gostam bastante deste processo. Passa por se fazer diagramas e esquemas onde podem ser usados desenhos, cores e palavras-chave É como um rascunho de ideias e pensamentos soltos que acabam por ter uma ligação entre si, explorando os dois lados do cérebro, o mais racional e o mais emocional. Daí surgem ideias e conceitos muito interessantes. 

Algumas ferramentas de Mapas Mentais que pode utilizar: FreeMind; Coggle; Mindmeister

 

Brainstorming

Esta ferramenta é utilizada maioritariamente com grupos, mas pode ser um exercício para se fazer sozinho. O conceito passa por dar ideias, sem qualquer tipo de julgamento ou preconceito, para que a imaginação flua e que, a partir desse exercício, seja possível retirar partes de ideias, ou cruzar algumas ideias, ou de uma ideia surgir outra. 

 

Concept Board

O concept board ajuda-nos a chegar ao tom da ideia, à ideia visual. É uma ferramenta boa para transmitir a outras pessoas o “mood” da nossa ideia e, através dele, chegar a ideias concretas. O conceito é básico, uma folha branca onde pomos tudo aquilo que faça sentido, símbolos, frases, desenhos, imagens. 

Uma ferramenta que junta estes 3 conceitos e muitos mais é a Miro

 

Positivo, Negativo, Interessante

Esta ferramenta ajuda-nos a classificar uma ideia em 3 aspetos diferentes: os aspetos positivos que acarreta, os negativos e o que traz de interessante. A partir desta classificação é mais fácil trabalhar sobre as ideias e ser criativo na resolução de problemas ou em ideais que possam surgir das que já temos. 

Agora que já partilhamos consigo quais as ferramentas ideais para ser mais criativo, e como é que o processo criativo funciona, é importante salientar que conteúdos criativos funcionam apenas se forem direcionados às pessoas certas e fizerem sentido para o produto ou marca. Porque ser criativo só por ser e criar conteúdos que não fazem um bom match com a marca não irá com certeza gerar bons resultados. Por isso, mais importante que a criatividade é pensar nela como parte da estratégia. E quando se trata de redes sociais, é fundamental ter em conta que conhecer os seus seguidores, os seus interesses e o tipo de conteúdo que funciona é o que realmente vai fazer com que a sua comunicação gere resultados e dê destaque à sua marca. 

 

 

Por Catarina Camacho