Por que é que os vídeos espontâneos têm mais alcance do que os conteúdos que produzimos com intenção e estratégia?
Não é fácil admitir, mas aqui vai: há vídeos que os clientes gravam à pressa, na horizontal e com luz péssima que acabam por ter mais alcance do que os conteúdos produzidos pela nossa equipa com tempo, cuidado, intenção e storytelling. Durante algum tempo, isto parecia-nos uma injustiça. Como é que algo feito sem planeamento tem melhor performance?
A verdade é que este fenómeno é real. E acontece cada vez mais. A razão? O algoritmo mudou. E com ele, mudaram também os hábitos das pessoas. Hoje, o que chama a atenção não é o conteúdo polido, é o conteúdo que parece real. Genuíno. Feito no momento. Com falhas, até. Mas com emoção.
Mas atenção, isto não significa que o nosso trabalho, enquanto profissionais de conteúdo, perdeu valor. Muito pelo contrário. Nunca foi tão importante saber o que comunicar, como e quando.
O que acontece é que estamos num ponto em que o conteúdo precisa de ser mais orgânico, mais simples e com mais presença humana. E aqui entra o desafio: quando o vídeo é “orgânico”, corre-se o risco de parecer “mal feito”. E, por consequência, de colocarem em causa o nosso trabalho. Mas o que precisamos de explicar (e lembrar) é que fazer um vídeo parecer simples é uma escolha estratégica, não falta de profissionalismo.
A qualidade não está em quão bonito está o vídeo, está em perceber o que realmente funciona. O que cria conexão. O que gera resultados.
O nosso trabalho continua a ser imprescindível para as marcas crescerem nas redes socais, mas talvez hoje, mais do que nunca, a qualidade esteja na capacidade de simplificar, de humanizar, de trazer leveza à comunicação e de entregar conteúdos no momento certo, mesmo que tenham uma estratégia por trás.
Porque no fim do dia, o algoritmo não quer saber se o vídeo está bem filmado. Só quer saber se alguém parou o que estava a fazer para o ver. E esse alguém, na maioria das vezes, procura emoção, verdade e proximidade. Tudo aquilo que um vídeo “perfeito” nem sempre consegue transmitir.
A nossa porta está aberta. Fale connosco.